sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Eu era burro e não sabia - Por Sr. Com


Copiado do Blog Sr. Com, que está em Minhas Últimas Notícias e em Meus Favoritos.

Eu era burro e não sabia

Eu já sofri muito assistindo aqueles filmes de farveste (era assim que a gente chamava quando ainda não tínhamos sido devidamente domesticados pelo Tio Sam) e torcendo contra os índios... Achava natural e certo os americanos matarem aqueles seres humanos que corriam estupidamente em volta daquelas carroças.
O mesmo acontecia quando assistia os americanos matando mexicanos. Sempre vestidos de pijama branco e um sombrero na cabeça. Arrepiava-me quando na hora H aparecia a cavalaria dos cara pálidas americanos arrasando tudo.
Também achava fantástico falar fanho mascando chiclete, como ainda se vê em muitos filmes americanos e noticiários de hoje. Não cheguei a me fantasiar de Elvis Presley, mas meus amigos saiam com aqueles topetes ridículos tipo Zé Bonitinho.
O estilo de vida americano deixava o mundo inteiro com inveja ou admiração. Achava sofisticado usar palavrinhas em inglês, por mais anti sonoras que fossem. Tipo “fécham” no lugar de moda, uma palavra e um som muito melhores.
Um belo dia os super homens da minha juventude, com dois metros de altura e super equipados, levaram um corridão de vietnamitas de um metro e meio armados de bambu, inteligência e razão.
É, eu era burro e não sabia. A admiração foi terminando, terminando (Michael Jackson, John Wayne, chicletes, mc Donald, Lewis, tudo símbolos de uma cultura inútil, cafona e marketeira). O sentimento foi transformando-se em decepção, depois (com as invasões e outras ações assassinas nos países islâmicos, virou medo). Não posso dizer que hoje sinto pena porque, na realidade, sinto uma grande vontade de gritar: Bem feito!
Hoje, no Brasil, não precisamos desses exemplos babacas. Podemos recuperar nossa identidade e transformá-la no que chamo de alma de matriz. Chega de ser caricatura de culturas sem valor algum.

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