quarta-feira, 17 de junho de 2009

Chanceler Brasileiro qualifica de Histórica 1ª Cúpula Bric


Também copiado do Blog INTERESSE NACIONAL.

Visitem este Blog.
Saraiva

Chanceler Brasileiro qualifica de Histórica 1ª Cúpula Bric
Num rápido relato da cúpula que o Brasil qualificou como "histórica", o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que houve menções entre os líderes de que "não podemos ficar sujeitos a flutuações de moedas de um único país, mas também a compreensão de que essas coisas ocorrem muito gradualmente".

Amorim argumentou que, se mudanças no sistema monetário forem feitas "de maneira brusca, criariam outra crise". O comércio em moeda nacional ocupou em todo caso boa parte de uma reunião bilateral entre o presidente Luis Inácio Lula da Silva e seu colega russo, Dmitri Medvedev.Pouco antes da reunião dos Bric, Medvedev presidiu o chamado Grupo de Xangai, que inclui China, Irã e outros países da região, e afirmou que as atuais moedas de reservas, incluindo o dólar americanos, fracassaram em seu papel e que o sistema monetário está longe do ideal e traz muitos riscos.Seu principal assessor economico, Arkadi Dvorkovich, chegou a informar a agências de notícias que Brasil, Rússia, Índia e China estavam considerando comprar bônus uns dos outros e fazer o swap de moedas, como Amorim antecipara antes.Mas o presidente chinês, Hu Jintao, permaneceu calado ou deu respostas evasivas quando se tratou do uso da liquidez entre os quarto, e que passaria pela questão de moeda. Em todo caso, a ideia é que a questão continue a ser estudada pelos ministros de Finanças.Apesar da ausência da questão monetária, a conclusão da delegação brasileira foi de que os Bric podem agir juntos basicamente nos temas financeiros e econômicos.
Foi destacado ainda o "papel central" do G-20, o grupo que reúne os principais paises desenvolvidos e em desenvolvimento.O G-20 é o grupo que agora o Brasil espera emplacar, em lugar do G-8 , que é limitado a países ricos, como o diretório econômico do planeta.
Segundo Amorim, Lula tem preocupação com movimentos que diminuam a importância do G-20, "uma tendência conservadora de delimitar" o grupo.Os Bric conclamaram todos os países e instituições internacionais a "agir vigorosamente" para implementar as decisões tomadas pelo G-20 em Londres, em abril, para retomar o crescimento global.
As decisões incluíam colocar mais liquidez nos mercados, combater o corte no fluxo de capitais para os países em desenvolvimento, por exemplo.O grupo cobra tambem uma aceleração na reforma das instituições financeiras internacionais, a começar pelo Fundo Monetário Internacional, para refletir as mudanças na economia mundial. Querem que os emergentes tenham mais voz e representação nas instituições, que é uma luta que vai continuar ocorrendo até 2011 sobre quem passa a controlar mais fatias do FMI.Brasil, Rússia, Índia e China tambem afrontam os Estados Unidos sobre a necessidade de os chefes de entidades internacionais serem apontados pelo mérito. Atualmente, o FMI é reservado a um europeu e o Banco Mundial a um americano. No G-20, os europeus aceitaram mudar isso, mas o governo Obama não quis nem entrar na discussão.Os quatro países tambem fizeram uma declaração conjunta sobre segurança alimentar mundial. O objetivo foi basicamente o de contestar que a alta de preços dos alimentos seja provocada pelo aumento do consumo nos países em desenvolvimento. Eles apontam uma série de causas, da mudança climática à crise global atual.O apoio à produção de biocombustível é visivelmente tímido, com a observação de que o produto deve ser sustentável do ponto de vista social, ambiental e econômico. Amorim admitiu que podia ser melhor, mas lembrou que havia um país produtor de petróleo no grupo - uma referência à Rússia.
Postado por Espaço Democrático de Debates às 09:25 0 comentários
Marcadores: , , ,

Nenhum comentário: