quinta-feira, 18 de junho de 2009

Impasse na USP é sinal de autoritarismo do governo, diz Benevides


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Saraiva

Impasse na USP é sinal de autoritarismo do governo, diz Benevides
“Para professora, inabilidade da reitoria e falta de diálogo provocam o impasse. “Não há salvação fora da política”, sustenta em entrevista à Rede Brasil Atual
João Peres, Revista Brasil
A ação da Polícia Militar na semana passada, que deixou feridos e detidos, é uma prova da inabilidade da reitora e de um “renovado e constante autoritarismo” do governador José Serra. A afirmação é da professora Maria Victoria Benevides, da Faculdade de Educação da USP. Ela afirmou reiteradas vezes ao longo dos 40 minutos de entrevista à Rede Brasil Atual que não há salvação para o impasse fora da política, com diálogo entre diretores, representados pela reitora Suely Vilela, e o de setores de manifestantes que tentam tensionar a situação.
Diferentemente de muitos setores, ela considera que a saída de Suely Vilela do cargo não seria o melhor neste momento. A professora classifica como fora do campo democrático qualquer tentativa de mexer com o mandato de reitora. “[Suely Vilela] deve ficar até o fim, enfrentando a situação de uma maneira democrática e abrindo espaço para o diálogo, imediatamente ordenando a saída da polícia do campus”, afirma.
Sobre a possibilidade de eleições diretas para o cargo, Benevides acredita que a medida seria insuficiente para modificar a estrutura de poder. A greve atual também chamou atenção para a necessidade de garantir mais transparência à instituição.
Formada em Ciências Sociais, Maria Victoria Benevides dedica-se desde os anos 70 aos estudos políticos e da área de educação. Ela foi uma das participantes de debate na terça-feira (16), junto de Antonio Cândido e Marilena Chauí.”
RBA: Como a senhora tem visto os desdobramentos dos fatos da última semana na USP?
O mais importante é dizer que os estudantes, os que estão participando, que são muitos, mas sempre uma minoria, estão conscientes da necessidade de procurar caminhos de diálogo com os dirigentes universitários, com o sindicato de funcionários e com a Adusp [Associação dos Docentes da USP]. Isso é muito importante porque há sempre nesses movimentos ou agentes provocadores que apostam no “quanto pior, melhor”, ou grupos políticos minúsculos que usam esses movimentos para conseguir adeptos de uma maneira que, dentro do espírito universitário, não tem cabimento.
Vejo, principalmente a partir do evento de terça [16], em que compareci junto com nosso grande mestre, o professor Antônio Candido, e a professora de filosofia Marilena Chauí, que não houve nenhuma manifestação a favor de atos mais violentos. Sequer palavras de ordem no sentido de “fora, reitora”, esse tipo de coisa.
Insisti particularmente na importância da política como busca do bem público que exige um respeito à posição da maioria, mas sempre com regras claras de deliberação e principalmente com o idêntico respeito aos direitos das minorias. Acho que esses momentos são pedagógicos no sentido de educação política, de educação para a cidadania democrática.
Agora, não há a menor dúvida sobre a inabilidade da reitoria em encaminhar todo esse processo de negociação. Eu costumo dizer que fora da política não há salvação porque a única alternativa que existe para a política é a violência. Foi isso que ocorreu no campus da USP.”Rede Brasil Atual / Foto: RBAEntrevista Completa, ::Aqui::
Enviada por: Nogueira Jr. / 03:26 0 Comentários

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