terça-feira, 1 de abril de 2014

O golpe de 64 ontem e hoje



Hoje não há condições para que se dê um golpe do tipo que depôs João Goulart. Mas isto não quer dizer que os espíritos herdeiros do golpe estejam dormindo.

Hoje não há condições para que se dê um golpe de estado do tipo que depôs o presidente João Goulart em 1964. Nem as Forças Armadas têm condição, membros, lideranças, etc., para isto, nem um putsch destes tem apoio de parcela significativa da população. Pesquisa divulgada pelo DataFolha (de empresa famosa pelo empréstimo das camionetas para a OBAN) é eloquente neste sentido:  62% apóiam a democracia, 14% admitem a possibilidade de que uma ditadura seja melhor, 16% acham que tanto faz.

Para quem ache tais números ainda duvidosos, é bom consultar a série histórica pró-democracia: 43% em 1989, 54% em 1995, 59% em 2003 – o ano em que a posse de Lula deveria provocar um “êxodo” de empresários, lembram? Estamos progredindo. (matéria de Ricardo Mendonça, “Convicção na democracia é redorde, mostra pesquisa”). Além disto, 75% acham que não há risco do país cair numa ditadura.

Mas isto não quer dizer que os espíritos herdeiros do golpe de 64 estejam dormindo de pijama. Estão de pijama talvez os militares saudosos dos bons tempos do golpe, a maioria hoje na reserva. Mas os espíritos e os motivos que deflagraram o golpe continuam em estado de alerta. Também alguns dos meios, não todos. Vamos às comparações. (...)

-CLIQUE AQUI  para continuar lendo (escrito por Flávio Aguiar, na Carta Maior)

*Charge do Edgar Vasques
 

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