terça-feira, 8 de julho de 2014

“Vou entregar a taça e torço para que seja ao Brasil”

A mensagem-título acima é da presidenta Dilma Rousseff nesta manhã. Ela garantiu que não teme passar por constrangimentos no final do evento – “são ossos do ofício”, assinala. Pelo Facebook do Planalto, a presidenta respondeu comentários e, afirmou, como boa torcedora: “Eu só quero ganhar”, referindo-se ao jogo de amanhã, contra a Alemanha: “qualquer placar serve”.
Ela comentou, ainda, a brincadeira de Israel, um internauta que afirmou querer mais Copa. “Veja você Israel, antes falavam que não ia ter Copa. Agora, muita gente boa quer mais Copa. Tudo com gosto de quero mais”. Ela também disse esperar que o pessimismo que marcou a prévia do mundial, aqui no Brasil, não se repita em 2016, quando vamos sediar as Olimpíadas.
“Não é verdade que houve brigas políticas que atrasaram as obras da Copa. Não concordo que houve qualquer prejuízo para a Copa do Mundo com obras atrasadas. Não podemos repetir na Olimpíada o indevido pessimismo que houve na preparação da Copa. Isso é algo que devemos aprender. A prefeitura do Rio informa que 60% das obras do Complexo (olímpico de) Deodoro estão prontas, restando 40%”.
A presidenta também comparou o pessimismo anterior ao campeonato mundial ao pessimismo diante da economia: “O mesmo pessimismo que anteciparam para a Copa e que se mostrou equivocado, ocorre quando falam sobre o PIB de 2014. Nós acreditamos na força da economia brasileira para se superar diante das dificuldades derivadas da crise internacional”.
Neymar
A pedido do perfil Dilma Bolada, a presidenta postou no facebook do Planalto uma foto fazendo o “é tóis”, gesto puxado por Neymar ao longo da Copa:
“A dor do Neymar ao ser atingido feriu o coração de todos os brasileiros. O Neymar está aí, mesmo ferido, querendo jogar. É um guerreiro. O exemplo de resistência do Neymar vai fortalecer a Seleção. Fazê-la se superar”, afirmou a presidenta.
Em todos os onlines e jornais no final de semana, pudemos acompanhar análises e comentários lamentando o afastamento de Neymar da Copa – o jogador, inclusive, publicou um vídeo agradecendo o apoio de todos neste momento,confiram aqui.
Uma dessas análises é do jornalista Paulo Moreira Leite, “O escândalo é a falta de indignação”, publicado em sua coluna na Isto É. Ele comenta sobre a entrada violenta de Zuñiga: “se Neymar tivesse sido atingido algumas vértebras acima, o dano seria muito grave e é bom nem pensar nas consequências para o futuro do jogador. Mesmo assim, uma vértebra foi fraturada – o que dá uma ideia da violência que atingiu Neymar”, aponta.
“Zuñiga não foi expulso. Nem recebeu cartão amarelo”, cobra o jornalista. “A agressão, brutal, foi tratada como uma agressão normal de jogo, embora tivesse produzido uma lesão muito mais grave do que a mordida do uruguaio Luis Suárez no ombro do italiano Chiellini.” A mesma reação, misto de indignação e perplexidade por não ter havido nenhuma punição a Zuñiga, foi externada pelo técnico Luís Felipe Scolari, o Felipão, em várias entrevistas no fim de semana.
“Züniga fez lesão mais grave do que a mordida de Suárez no ombro de Chiellini”
Na visão de Paulo Moreira Leite, a reação diante dessa violência toda contra Neymar foi a passividade. “É curioso imaginar por que não se fez um escândalo, nem no momento da agressão nem depois”. O jornalista, também, cobra: “o juiz Carlos Velazco Carballo será punido? E Zuñiga?”.
“Nada. A maior crítica que li nos jornais, hoje, foi um comentário dizendo que sua entrada foi “maldosa.” Fraco, hein?”, lamenta Moreira Leite.
Cliquem aqui e leiam a íntegra do artigo “O escândalo é a falta de indignação”.
(Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
Postado há por
 

Nenhum comentário: