quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Bonner, já ouviu falar em Walter Clark?

Voce não acha que eu é que deveria estar nas manchetes?​

Walter Clark fez a Rede Globo.

Na companhia do Boni, do Armando Nogueira, do Arce e do Joe Wallach.

Mas, o líder era ele.

Foi ele quem concebeu a tevê como uma rede e tirou proveito da conexão genética entre a Globo e o regime militar: o regime precisava de uma rede nacional de tevê e a Globo precisava de uma rede nacional de comunicação para vender anuncio.

A Embratel celebrou o casamento.

A verdade é dura, a Globo apoiou a ditadura…

Walter Clark era a estrela da companhia.

Aparecia muito. Gostava de festa. E de mulher bonita, como Ilka Soares.

Modelo da Casa Canadá, ela casou com Anselmo Duarte e, depois, com Walter.

Walter era elegantérrimo. Os dois fechavam os salões do Rio.

Aí, quem conta é um amigo que lembra: o Diabo sabe muito não porque seja mais esperto, mas porque é mais velho.

Um dia, a revista Vogue Homem, dirigida pelo Luis Carta, irmão do Mino, colocou o Walter na capa, como o homem mais elegante do Brasil.

O Dr Roberto mandou chamá-lo na sala.

Recebeu-o com a capa da revista na mão.

E perguntou: oh, Walter, você não acha que eu é que devia estar na capa dessa revista?

O Walter ficou encabulado, ponderou que não ligava pra essas coisas, de elegância, celebridade.

O negócio dele era o trabalho.

E o Dr Roberto a manusear a revista, passava a mão em cima da capa.

Quando saiu da sala, Walter pensou com seus botões: ele vai me mandar embora.

E mandou.

Segundo o amigo navegante, quem conta essa história é Gabriel Priolli, no livro “Campeão de Audiência”, com Walter Clark, da editora Bestseller.

E a conversa surgiu da leitura do post do Paulo Nogueira, “o problema do Bonner é depois da entrevista”.


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