sábado, 23 de agosto de 2014

Marina abre o jogo e diz que é uma candidata neoliberal

22/08/2014

Roberto Amaral, presidente do PSB, discursa entre Beto e Marina, que prometeu “vantangens competitivas” ao agronegócio.
Roberto Amaral, presidente do PSB, discursa entre Beto e Marina, que prometeu “vantangens competitivas” ao agronegócio.
Via Vermelho
Em sua primeira entrevista depois da oficialização de sua candidatura à Presidência da República, na quarta-feira, dia 20, em substituição ao candidato Eduardo Campos (PSB), Marina Silva (Rede Sustentabilidade) fez jus à empolgação do sistema financeiro e da direita neoliberal, mostrando a metamorfose de seu ideário político que se adapta aos interesses antinacionais.
Durante toda a entrevista, a candidata repetiu a cartilha de medidas estabelecidas pelos economistas do sistema financeiro, inclusive para o agronegócio. Marina, que antes fazia críticas ferrenhas ao modo de produção do setor, afirma agora que este será também um “polo de sua campanha”.
Distante do combate ao latifúndio e seus laços com o capital estrangeiro, Marina revelou sua real bandeira quando assume o compromisso com o setor de “avançar nas vantagens comparativas que temos, transformando-as em vantagens competitivas”. Questionada se faria mudanças no novo Código Florestal, contra o qual se posicionou na época da votação no Congresso, Marina agora defende a sua “implementação”.
Aliás, a aproximação com o agronegócio, tão criticado por Marina e sua Rede de Sustentabilidade, é nítida com a escolha de seu vice, o deputado federal Beto Albuquerque (PSB/RS) que tem trânsito entre as empresas do setor, que são os principais doadores de sua campanha.
Copiar base econômica de FHC
Marina reafirmou o compromisso com o receituário econômico de ajustes com o sistema de metas de inflação, câmbio flutuante e autonomia do Banco Central, fazendo questão de elogiar a política econômica do governo de FHC. Por outro lado, criticou a presidenta Dilma Rousseff dizendo que o governo precisa ter uma “base política que dê credibilidade para os investimentos”.
As afirmações de Marina mostram a quem seu plano de governo serve e confirmam que a euforia dos especuladores internacionais (além de tucanos) com a sua candidatura não foi à toa. Na terça-feira, dia 19, o banco norte-americano Brown Brothers Harriman (BBH) divulgou “relatório” em que afirma que a eventual eleição de Marina é muita positiva “para os mercados”. Gurus econômicos de Aécio também manifestaram sua alegria com a entrada de Marina na disputa por conta da identidade dos tucanos com sua a política econômica.
Aliás, para acompanhar o coro alarmista, seguindo o exemplo da campanha do tucano Aécio Neves na questão inflacionária, Marina lançou a “ameaça do apagão” dizendo que é uma ameaça existente desde 2002. No entanto, a candidata tratou logo de dizer que irá resolver o problema, mas não é algo “que se faça da noite para o dia”.
Luiza Erundina, coordenadora geral da campanha
O presidente Nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Roberto Amaral, indicou o nome dos deputados federais, Luiza Erundina (PSB/SP), Márcio França (PSB/SP) e do secretário nacional Sindical do PSB, Joílson Cardoso, para compor a equipe de campanha de Marina Silva e Beto Albuquerque à Presidência da República, pela coligação “Unidos Pelo Brasil”.

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