segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Marina ainda sem posição consolidada para ir ao 2º turno


Para os que consideram consolidado o crescimento e a posição já certa no 2º turno da candidata ao Planalto pelo PSB, ex-senadora Marina Silva — nós contestamos essa certeza semana passada —, funciona como uma ducha de água fria duas reportagens publicadas nestes dias pela Folha de S.Paulo. Resultado de levantamento próprio do jornal, as duas reportagens mostram que Marina perdeu apoios costurados por Eduardo Campos em pelo menos metade dos Estados (em 14 dos 27 Estados) e que O PSB tem chances reais de vencer em seis Estados.

Não tem essas chances em todos os Estados relacionados pela Folha e o fato dela ter perdido apoio em 14 Estados liquidando os acordos feitos por Eduardo Campos tornam sua posição vulnerável. Um dado a conferir, ainda antes do 7 de setembro, como dissemos em nota anterior semana passada, o que talvez não seja perceptível já nas duas pesquisas que saem esta semana, a do Ibope amanhã e a do Datafolha na próxima 6ª feira.

Em uma das reportagens, sobre o fato de Marina rejeitar subir em metade dos Estados em palanques acertados por Eduardo Campos por rejeitar os acordos feitos por ele e  para manter sua posição que era contraria aos acertos, isso só enfraquece a sua candidatura. Em 14 Estados ela não terá os candidatos a governador, senador, deputado estadual e federal fazendo a sua campanha.

Folha erra ao apontar Estados em que o PSB vencerá

Na outra reportagem a Folha diz que o PSB tem chances reais de vencer em Amapá, Roraima, Paraíba, Pernambuco e Espírito Santo, e em Brasília (Distrito Federal). Mas, a Folha se esqueceu de informar que em todos esses Estados os candidatos a governador pelo PSB estão em 2º lugar nas pesquisas, ou pior, em 3º. E se esqueceu de informar, também, de lembrar que o PSB governava o Ceará e o Piauí, Estados em que não vencerá em outubro.

Se vocês analisarem com isenção, objetivamente, constatarão, como nós, que na realidade o PSB corre o risco de sofrer uma senhora derrota eleitoral, ao contrário do que afirma a Folha.

Marina foi contra a aliança do PSB com os tucanos em São Paulo e mesmo agora, em sua condição de candidata à Presidência da República tendo assumido a cabeça da chapa no lugar de Eduardo Campos, ela se recusa a apoiar a reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Já avisou, como também em relação aos outros 13 Estados, que não subirá no palanque dos tucanos paulistas.

São Estados em que as alianças foram fechadas contra a sua vontade. Neles ela defendia candidaturas próprias ou os candidatos majoritários tem posições políticas completamente diversas às da ex-senadora. Dentre outros Estados que romperam com Marina — alguns de grande peso eleitoral — e que ela não terá o PSB em sua campanha estão Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro.

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