terça-feira, 12 de agosto de 2014

Petrobras encontra espião que colaborou com quadrilha da Veja

12/08/2014
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Íntegra da fita serviu para Petrobras achar espião. Cobrada por ter editado a fita sobre a suposta farsa na CPI da Petrobras, a revista Veja publicou, neste fim de semana, a íntegra das imagens de uma reunião ocorrida da empresa. Ao que tudo indica, o dono da caneta espiã é o advogado Bruno Ferreira. É ele quem, nos momentos mais importantes da gravação, tenta induzir seus superiores a indicar a suposta trama denunciada pela revista. A perícia contratada pelo senador Delcídio Amaral (PT/MS) contestou edição das imagens. Em entrevista, o ministro Ricardo Berzoini classificou o escândalo como “cortina de fumaça” para encobrir o que chamou de “Aécioporto”. Internamente, na Petrobras, o caso foi classificado como “molecagem”.
Via Brasil 247
A direção da Petrobras já tem praticamente a convicção formada sobre quem utilizou uma caneta espiã para filmar uma reunião interna da empresa e repassar as imagens, em tom de escândalo, para a revista Veja. Trata-se, ao que tudo indica, do advogado Bruno Ferreira.
As provas foram fornecidas pela própria revista Veja, que, nesta semana, decidiu publicar a íntegra da fita. Veja se viu forçada a publicar as imagens completas depois que uma reportagem do 247 contestou a sua edição parcial. Uma perícia realizada por um dos principais institutos do Mato Grosso do Sul, a pedido do senador Delcídio Amaral (PT/MS), demonstrava inconsistência nos diálogos divulgados pela revista (leia mais aqui).
Nas imagens, o advogado Bruno Ferreira, em diversas ocasiões, tenta induzir seu superior, o chefe do jurídico da Petrobras, José Eduardo Barrocas, a confirmar algum tipo de armação. É ele, por exemplo, quem tenta, em vários trechos, demonstrar alguma proteção ao ex-diretor Nestor Cerveró. Assista aqui a íntegra da reunião e confira também aqui as imagens antes divulgadas pela revista.
Na edição da semana passada, os trechos em que Bruno Ferreira tenta induzir respostas foram suprimidos, o que parece ter sido uma tentativa da publicação de proteger sua fonte.
Nesta semana, a revista volta a falar em “farsa”, mas a tese não é corroborada pelas imagens, nem pelos áudios. A denúncia, classificada pelo jornalista Janio de Freitas como “escândalo da banalidade”, tende a cair no vazio. Segundo o ministro Ricardo Berzoini, foi publicada apenas para criar uma “cortina de fumaça” destinada a encobrir o que chamou de “aécioporto”. Internamente, na Petrobras, o caso foi classificado como “molecagem”.

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