VEJA ARMA CIRCO SOBRE NADA E ESCONDE 2.000 METROS DE PISTAS DE POUSO EM AEROPORTOS CLANDESTINOS.
OS AEROPORTOS DE AÉCIO E SEUS POUSOS CLANDESTINOS A REVISTA NÃO DIZ ABSOLUTAMENTE UMA LINHA
Relator nega ter participado da combinação de perguntas na CPI da Petrobras
Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil - Agência Brasil - 04.08.2014
O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras e
líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), divulgou
nota nesta segunda-feira (4) na qual nega que tenha se reunido com
depoentes da CPI para combinar perguntas e respostas. Pimentel é citado
em reportagem da revistaVeja, do último fim de semana, segundo a qual
investigados pela CPI combinaram com senadores da comissão as perguntas
que seriam feitas em depoimento. A revista diz ter tido acesso à uma
gravação que aponta a suspeita.
“As perguntas a cada depoente foram formuladas com base: a) no Plano
de Trabalho aprovado; b) no denso material resultante da participação
dos executivos da Petrobras em recentes audiências públicas, realizadas
pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, dando prioridade a
perguntas formuladas pela oposição nessas audiências; c) na Tomada de
Contas Especial do TCU (inclusive Acórdãos) e em documentos da CGU; e d)
nas denúncias publicadas pelos diversos veículos de imprensa e
internet”, diz o senador, na nota.
O senador disse ainda que “protocolou dois requerimentos na Comissão
Parlamentar de Inquérito. O primeiro, solicita a instalação de
procedimento de apuração, visando o esclarecimento dos fatos e, se for o
caso, atribuir responsabilidades. O segundo, solicita ao presidente que
requeira à revista Veja a íntegra do vídeo que deu origem à matéria,
sob o compromisso de preservação do sigilo. O objetivo é contribuir com o
trabalho da comissão de apuração”.
Neste domingo (3), o senador Delcídio Amaral (PT-MS), que também
integra a CPI da Petrobras, divulgou nota em que nega qualquer
“suposição” envolvendo seu nome e os fatos relatados na reportagem.
“Rejeito, com grande indignação, qualquer suposição de minha
participação na articulação de depoimentos de quem quer que seja nas
duas CPIs da Petrobras em andamento no Congresso Nacional”. Ele também é
citado pela revista.
Segundo Delcídio, todos que o conhecem podem atestar sua
imparcialidade e isenção nos trabalhos que participa no Congresso. O
senador confirmou que teve contato com o presidente do escritório da
Petrobras em Brasília, José Carlos Barrocas, mas alegou que isso ocorreu
porque ele é o responsável por fazer a “interface” entre a empresa e os
parlamentares.
“Independentemente dos fatos, até por uma questão de convicção e
coerência, continuarei sendo um defensor empedernido da Petrobras e do
seu competente corpo técnico composto por homens e mulheres que
construíram essa grande empresa, que tive a honra de trabalhar”,
concluiu Delcídio Amaral. A denúncia se baseia em uma suposta conversa
em que Barrocas aparece falando da antecipação das perguntas.
Os dois senadores não participaram da sessão de hoje do Senado.
Editor Carolina Pimentel
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