terça-feira, 16 de setembro de 2014

Independência é a morte

A independência do Banco Central se tornou um dos principais temas da corrida eleitoral de 2014. De um lado, a presidenta Dilma Rousseff (PT) defende a manutenção do modo atual; de outro, Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB) querem a autonomia do BC.

O Banco Central é um órgão vinculado ao Ministério da Fazenda e é o responsável pelo sistema financeiro do Brasil e de preservar o valor da moeda. Atualmente, quem nomeia o presidente da instituição é o presidente da República. É o poder executivo que supervisiona a execução do órgão e define as prioridades da economia nacional. Ou seja, é o governo, eleito pela população, que cuida da economia do país.
Um banco independente é um mercado que se autorregula, define e decide a política monetária e os rumos que a economia do país deve seguir. Para os economistas da Unicamp, é importante diferenciar autonomia de independência. Um BC autônomo pode, por exemplo, possuir mandatos estáveis para a diretoria e o Poder Executivo não pode destituí-lo, porém, estaria subordinado à Presidência nas definições da política monetária. A independência daria ao Banco Central a possibilidade de tomar decisões sem consultar o poder Executivo.

Aécio Neves defende uma autonomia formal, garantida por meio de uma resolução presidencial, que determine ao BC a missão de controlar a moeda, a inflação e de manter saudável o sistema financeiro.

Marina Silva é mais contundente. A proposta é, de acordo com seu programa de governo: “Assegurar a independência do Banco Central o mais rapidamente possível, de forma institucional, para que ele possa praticar a política monetária necessária ao controle da inflação”, deixando a economia brasileira nas mãos dos banqueiros.




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