Um auxiliar do doleiro Alberto Youssef disse em depoimento à
Justiça federal nesta segunda-feira (20) que outros parlamentares do
PSDB receberam propina do esquema além do senador Sérgio Guerra, morto
em março deste ano.
A informação é do advogado Haroldo Nater, que defende o empresário
Leonardo Meirelles, acusado de ter feito remessas ilegais para o
doleiro.
Meirelles não foi autorizado pelo juiz Sergio Moro a citar nomes,
mas deu uma pista de quem seria um dos parlamentares do PSDB, segundo
Nater: afirmou que ele era da mesma região de Youssef. O doleiro nasceu
em Londrina, no Paraná.
O juiz não autorizou a menção a nomes de deputados e senadores porque
eles têm direito a foro privilegiado e só podem ser investigados pelo
Supremo Tribunal Federal.
Meirelles, ainda segundo seu advogado, soube desses pagamentos porque
frequentava o escritório de Youssef na região em São Paulo. Meirelles é
um dos donos da Labogen, uma das empresas que foi usada pelo doleiro
para remeter US$ 444,7 milhões ao exterior, o equivalente hoje a R$ 1,1
bilhão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário