segunda-feira, 6 de outubro de 2014

No segundo turno, Lula no Nordeste para compensar São Paulo



Os mapas acima, do G1, comparam o desempenho de Dilma em 2010 e em 2014.

Naquela ocasião, José Serra obteve pouco menos que os votos conquistados agora por Aécio Neves.

Marina Silva, que teve então cerca de 19,5 milhões de votos, agora chegou a 22,1 milhões.

Isso indica que ela tomou votos do PT, que também perdeu para os chamados “nanicos”.

Esta soma, Marina + “nanicos”, explica a queda de Dilma entre 2010 e 2014, de 47% para 41,5%.

A mídia corporativa muito vai falar sobre “a pior votação do PT” em primeiro turno dos últimos 12 anos.

Fato perfeitamente explicável pelo desgaste no poder, pela crise econômica internacional que resultou em baixo crescimento e pelos escândalos — reais ou imaginários — atribuídos ao PT e à Dilma.

Lembrem-se que a Copa ia fracassar e haveria um apagão elétrico.

Onde Aécio Neves conseguiu sua “virada” sobre Marina? Justamente em São Paulo.

Curiosamente, Aécio perdeu em casa, onde é muito mais conhecido — Dilma teve 4,8 contra 4,4 milhões de votos lá — mas ganhou de forma acachapante no berço do tucanato, São Paulo, com cerca de 10 milhões de votos contra 5,9 de Dilma e 5,7 de Marina.

Tudo indica que Aécio pode vencer em São Paulo com vantagem ainda maior no segundo turno.

Onde Dilma pode compensar a possível derrota em terras paulistas?

No Nordeste.

Lá, neste primeiro turno, Marina conquistou 6,2 milhões de votos. Em Pernambuco, foram impressionantes 2,3 milhões — Marina venceu Dilma em pleno estado do ex-presidente Lula, além de em seu estado natal, o Acre. Na Bahia, ela teve 1,2 milhão de votos. No Ceará, quase 640 mil.

A primeira tarefa da campanha de Dilma, no segundo turno, será o de conquistar os votos perdidos para Marina no Nordeste, especialmente em Pernambuco.

Para isso o PT dispõe de uma arma de grosso calibre: o ex-presidente Lula.
No Viomundo


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