quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Vamos mostrar que machista não tem vez


Na quinta passada, o maridão foi levar o carro pra oficina. Sabe oficina? Um lugar ainda com poucas mulheres, exceto as modelos nuas adornando o local. Um espaço que pode ser considerado machista. 

Mas conversa vai, conversa vem, e o mecânico perguntou ao maridão em quem ele iria votar. O maridão respondeu "Dilma". E o mecânico disse que ele também iria votar nela, porque achou que Aécio não respeitava mulheres, porque o presidenciável havia sido agressivo e machista com Dilma em algum debate na TV. Quando um mecânico vê machismo num candidato a presidente, é porque a coisa é visível mesmo!

A campanha do PT logo percebeu, e está explorando esse machismo com imagens como esta:

É provável que essa percepção entre a população, principalmente entre a população feminina, seja responsável pela queda de Aécio nas pesquisas. 


O PSDB definitivamente acusou o golpe, pois está agora apostando todas as fichas em desconstruir essa imagem. Agora organiza reuniões de mulheres. 


Depois que a misoginia do candidato passou a pautar as conversas, Áecio posou com Marina beijando suas mãos e elogiando seus cabelos; lançou um vídeo em que as mulheres da vida de Aécio (ou pelo menos algumas, como mãe, filha, irmã muito conhecida dos mineiros, atual esposa). No vídeo, a filha lembra do pai dançando sua valsa de 15 anos. Nada machistas, essas tradições...

Anteontem, no Facebook, uma moça chamada Camila publicou algo parecido ao que aconteceu na oficina: um relato de como as pessoas estão acordando. Não só para o machismo de Aécio, mas para o machismo em geral (clique para ampliar):

Eu já disse várias vezes que não votaria em alguém com o perfil de Aécio nem que ele fosse de esquerda. 

Tudo que ele diz (fazendo uma divisão entre "donas de casa" e "trabalhadores", por exemplo), o sorrisinho sarcástico com que ele se dirige a Dilma, as agressões, tanto dele quanto de seus eleitores, chamando a presidenta de vaca, puta, baranga, e tantos outros termos que são usados apenas para xingar mulheres. Eu jamais compactuaria com isso.

Agora acabou de surgir no Facebook (foi mandando pra mim por uma leitora querida) este relato estarrecedor, já que a palavra está na moda:
Esta é a notinha publicada na coluna de Joyce Pascowitch em 2006:

Eu sempre pensei que José Serra fosse o pior candidato que o PSDB poderia lançar. Estava enganada. Aécio é muito, muito pior.

No Escreva Lola Escreva


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