3 de abril de 2014 | 12:21 Autor: Fernando Brito
Ontem foi aprovado o orçamento de investimento da Petrobras para 2014.
Em números redondos, R$ 70 bilhões.
Apenas ligeiramente menor, em valor real, que o orçamento de 2013, que foi de R$ 66 bilhões.
Os números têm pequenos ajustes ao longo do ano, dependendo das receitas, mas serão, basicamente, estes.
O quanto isso significa?
Olhe o gráfico lá em cima e veja como eles cresceram desde a chegada de Lula ao Governo.
E, a partir de 2007, com o pré-sal.
Para quê?
Para sustentar o ritmo de produção do gráfico aí ao lado.
Dobrar a produção de petróleo.
Fazer, em 14 anos (2007-2020) mais do que se fez nos 60 anos anteriores em matéria de exploração de petróleo no Brasil.
E gastar esta dinheirama aonde, aqui ou lá fora, como fazia Fernando Henrique?
Claro que comprar no Brasil pode, algumas vezes, ser mais complicado, mais lento e até um pouco mais caro.
Mas cria indústrias, empregos, progresso.
Pasadena? Simples pretexto para atingir este projeto imenso.
Ou alguém duvida que as apurações da própria Petrobras, do Ministério Público e do Tribunal de Contas farão mais que qualquer CPI tranformada em palanque de campanha?
PS. Tirei estes gráficos de um seminário do Grupo de Economia de Energia da UFRJ, numa palestra de seu diretor Edmar Luiz de Almeida, que está gravada no vídeo que reproduzo abaixo. É uma boa aula, sem “tecnocratês” sobre os desafios desta produção gigante de petróleo no Brasil.
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